A palavra “quelato” vem do grego “chele” que significa “garra ou pinça” – um termo bem adequado para descrever a forma pela qual os minerais são ligados a outros compostos. “Os minerais quelatos ou orgânicos são os que se ligam a agentes quelantes, como aminoácidos, peptídeos, polissacarídeos complexos.
Dessa forma, eles têm maior disponibilidade biológica e solubilidade, além de serem mais bem aproveitados pelo organismo”, explica a nutricionista Camilly Gabry Houaiss, do Rio de Janeiro. “Estudos revelam que os quelatos têm melhor digestibilidade, absorção, retenção e menor excreção. Os valores em exames bioquímicos se mostram mais eficazes com suplementação de minerais quelatos do que com minerais inorgânicos”, continua Camilly. E essa união do mineral a outra estrutura resulta em mais um diferencial bem interessante: menos desconforto gástrico!
Os benefícios dos minerais quelatos
Magnésio, Zinco, Cálcio… Para que serve cada um e quais suas vantagens? “Entre os principais benefícios do consumo desses minerais estão o auxílio na formação da massa óssea e dos dentes, maior facilidade na eliminação de toxinas, sensação de bem-estar, melhora da digestão (por auxiliar na produção de enzimas estomacais), prevenção do envelhecimento da pele e ainda contribuem para o bom funcionamento do coração“, diz Rogério Oliveira, nutricionista especialista em saúde, qualidade de vida, emagrecimento e performance.
“Magnésio e cálcio têm maior correlação com a saúde óssea e com o adequado funcionamento muscular, sendo importantes para contração e relaxamento da musculatura. O zinco é muito usado para melhora da imunidade”, complementa a nutricionista Alexandra Marinho, do Rio de Janeiro. Vem saber mais.
Magnésio Quelato para dormir bem
O magnésio é necessário em cerca de 300 reações enzimáticas que acontecem em nosso organismo, incluindo aquelas envolvidas no metabolismo energético e na produção de neurotransmissores. Por essa razão, o magnésio tem uma função crucial no funcionamento do sistema nervoso central (SNC) e está intimamente envolvido nos mecanismos de regulação do sono. “O magnésio, além de ser um mineral que constitui o tecido ósseo, contribui também para absorção e fixação de cálcio no tecido, participando de centenas de reações no organismo”, fala Rogério.
O magnésio é necessário em cerca de 300 reações enzimáticas que acontecem em nosso organismo, incluindo aquelas envolvidas no metabolismo energético e na produção de neurotransmissores. Por essa razão, o magnésio tem uma função crucial no funcionamento do sistema nervoso central (SNC) e está intimamente envolvido nos mecanismos de regulação do sono. “O magnésio, além de ser um mineral que constitui o tecido ósseo, contribui também para absorção e fixação de cálcio no tecido, participando de centenas de reações no organismo”, fala Rogério.
Zinco Quelato para enxergar longe
A ação antioxidante do zinco é bastante estudada na literatura científica e ganhou destaque em tempos de coronavírus. Sabe-se que mais de 300 enzimas e mais de mil fatores de transcrição necessitam do zinco como cofator para seu funcionamento. “O zinco não pode ser armazenado no organismo, por isso, sua ingestão diária por meio dos alimentos ou da suplementação é extremamente necessária”, alerta Flávia.
Grávidas e lactentes podem ter sua necessidade aumentada de zinco, presente em alimentos como carnes e frutos do mar, além de sementes de abóbora e gergelim, shitake, espinafre e feijões. “Ele é importante para a regulação do desenvolvimento cerebral durante a fase fetal e pós-natal, produção de neurotransmissores e redução de marcadores de resposta inflamatória”, continua Flávia.
O zinco ganhou bastante evidência por seu papel no sistema imunológico. “Ele atua tanto na modulação do sistema inato como adaptativo, sendo crucial para o desenvolvimento e funcionamento normal de todas as células de defesa do nosso organismo”, fala.
O zinco é reconhecido como um excelente anti-inflamatório e imunomodulador. Por isso, a deficiência dele parece estar diretamente relacionada a um aumento de infecções e de doenças autoimunes.
Ele também exerce um papel na visão, garantindo que haja um processamento normal do estímulo luminoso da retina. Em combinação com outros antioxidantes como Ômega 3 e Luteína, pode reduzir o estresse oxidativo na retina. Na saúde masculina, está relacionado à síntese de testosterona e na espermatogênese, além de sua função como um agente antibactericida no trato urinário.
Além do zinco estar por trás de grandes processos, também ajuda na absorção de nutrientes como a vitamina A. Muito se fala do zinco para o fortalecimento do sistema imune, porém, ele também está envolvido em aspectos estéticos como o crescimento dos cabelos e das unhas, além de desempenhar atividade anti-inflamatória, auxiliando no tratamento de acne e manchas na pele.
Cálcio para ossos fortes
O cálcio é um mineral essencial e um dos principais constituintes dos ossos. É consenso na comunidade científica, e a maioria das pesquisas consideram que a elevada ingestão de cálcio, seja pela dieta ou suplementação, resulta em um aumento da densidade óssea, com potencial prevenção de osteoporose.
A perda de cálcio decorrente da idade é determinada por fatores genéticos, hormonais, doenças pré-existentes e estilo de vida. “Estudos têm relatado uma redução da perda óssea pós-menopausa em mulheres suplementadas como 1g de cálcio por dia, principalmente quando a ingestão de alimentos fontes de cálcio é restrita. A suplementação também tem sido associada a uma redução do risco de fraturas em idosos, com o uso contínuo do suplemento e especialmente associado à vitamina D”, conta Flávia.
Existem vários tipos de sais de cálcio no mercado e algumas formas como o cálcio citrato malato (CCM) tem se mostrado mais biodisponível. “Recente revisão científica identificou uma qualidade superior para esse sal e concluiu que ele é especialmente benéfico para indivíduos com diminuição da secreção de ácido gástrico, induzidos ou não por medicamentos, e também por não aumentar o risco de formação de pedra renal em comparação com outras fontes de cálcio. O cálcio citrato malato é absorvido em 35 – 36% enquanto o carbonato de cálcio em 26 – 27%.”
O cálcio também é muito importante para a contração muscular e transmissão dos impulsos nervosos.
Para quem são indicados?
“Não somos apenas o que comemos, e sim o que conseguimos digerir, absorver e, às vezes, até ressintetizar. Portanto, para conseguirmos de fato ter os nutrientes no nosso organismo, precisamos obviamente ingerir mas também avaliar nosso nível de estresse, como estamos mastigando os alimentos, como anda nosso ácido clorídrico no estômago, como anda nossa saúde intestinal. É um processo complexo e muito individualizado”, observa Alexandra.
Além de complementar a alimentação e suprir possíveis deficiências nutricionais, os nutrientes podem apresentar atividade terapêutica, contribuindo para melhora da qualidade do sono, de cólicas menstruais, da saúde da pele, da disposição… “Os suplementos alimentares compostos por minerais quelatos são melhores aproveitados principalmente por pacientes que apresentam necessidades nutricionais elevadas ou alteração da capacidade de absorção, como idosos e gestantes”, fala Rogério.
Uma alimentação balanceada e rica em macros e micronutrientes é a chave para manter níveis adequados de vitaminas e minerais. “Quando esses não são alcançados pela alimentação, é preciso recorrer a suplementação, sem exceder as recomendações diárias”, indica Camilly. A sugestão de consumo de magnésio quelato, por exemplo, é de 2 cápsulas diariamente, pela manhã ou antes de dormir. Já a de zinco quelato é de apenas 1 comprimido diariamente, após a refeição.
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