O bruxismo é um transtorno que tem se tornado muito conhecido de uns tempos para cá. É caracterizado pela condição na qual a pessoa aperta, desliza ou bate os dentes, principalmente durante o sono. Isso tudo acontece de modo involuntário. Ao bruxismo que acontece enquanto a pessoa dorme dá-se o nome de bruxismo noturno.
Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o bruxismo faz parte da vida de pelo menos 40% dos brasileiros. Ele pode ter diferentes causas e atingir adultos e crianças, homens e mulheres.
Além de causar prejuízos para a saúde bucal, o bruxismo pode provocar outros desconfortos, como insônia, dor de cabeça, dor e zumbido no ouvido, dor no pescoço e na face. No artigo a seguir, vamos entender um pouco mais sobre o bruxismo, suas causas e possíveis tratamentos. Boa leitura!
O que é bruxismo e quais os tipos que existem?
O bruxismo consiste em uma desordem funcional que pode estar relacionada a diversos fatores. O ato de ranger ou apertar os dentes involuntariamente pode provocar desgaste e amolecimento dos dentes, e, nos casos mais graves, ocasionar problemas ósseos, na gengiva e na articulação da mandíbula.
Há dois tipos de bruxismo: o que se manifesta durante o dia, quando a pessoa está acordada é chamado de briquismo ou bruxismo de vigília, e o que acontece durante a noite, durante o sono, é o bruxismo noturno. Entender as diferenças entre essas condições é essencial para buscar o tratamento adequado.
Além do momento em que os tipos de bruxismo se manifestam, outra diferença é que, enquanto o bruxismo noturno se caracteriza pelo ranger dos dentes, o bruxismo de vigília é identificado pelo ato de apertar os dentes ou tensionar os músculos da face, mesmo sem que ocorra contato entre os dentes.
Além do desgaste e do amolecimento dos dentes, a dor de cabeça é o sintoma mais comum do bruxismo. Ela acontece porque a compressão exagerada leva à isquemia dos vasos sanguíneos ligados à raiz dos dentes, ou seja, esses vasos sanguíneos ficam impedidos de transportar o sangue até o local. Isso pode acarretar necrose dos vasos, dos nervos e da polpa dentária.
Devido ao esforço realizado pelos músculos da mastigação, outros sintomas comuns do bruxismo são dor e zumbido no ouvido, dor no pescoço, na mandíbula e nos músculos da face, estalos ao abrir e fechar a boca e alterações do sono. A frequência e a intensidade das crises de bruxismo podem variar de uma noite para a outra.
Quais as causas e consequências deste transtorno?
De maneira geral, o bruxismo pode estar relacionado a uma infinidade de causas, como fatores genéticos, problemas físicos de oclusão e fechamento inadequado da boca, ou até mesmo situações de estresse, tensão e ansiedade.
Em sua forma noturna, o bruxismo é classificado como um distúrbio de movimento relacionado ao sono. Sendo assim, pode estar relacionado também ao uso de medicamentos, alterações respiratórias (como apneia) e distúrbios neurológicos.
Já o bruxismo de vigília, além de poder estar conectado às causas mencionadas acima, também pode aparecer em decorrência de problemas motores, como Parkinson e paralisia cerebral.
Alguns estudos realizados na área da saúde sugerem que o estilo de vida pode estar diretamente ligado ao aparecimento dos sintomas do bruxismo. Sendo assim, pessoas que sofrem com ansiedade e estresse podem estar mais propensas a desenvolver esse tipo de problema.
Outras condições que podem favorecer o bruxismo são o refluxo gastroesofágico, algumas características do sono (como roncar e babar no travesseiro) e dificuldades de concentração nas atividades do dia a dia.
Estima-se que o bruxismo acometa cerca de 15% das crianças. Nesses casos, os pais devem estar atentos ao padrão de respiração dos pequenos durante a noite, já que há evidências que indicam que essa condição também pode estar relacionada ao ato de respirar pela boca e a presença de infecções das vias aéreas superiores.
O hábito de ranger ou apertar os dentes de maneira involuntária também pode se manifestar em pessoas com distúrbios de movimentos, doenças neurológicas, psiquiátricas, respiratórias do sono ou, ainda, pelo uso de álcool, fumo, drogas, cafeína e alguns tipos de medicamentos.
Qualquer que seja o caso, o fato é que a pessoa que sofre com o bruxismo pode ter sua qualidade de vida afetada. Isso porque o problema pode levar ao desgaste dentário, provocando dor, mobilidade e sensibilidade dentária, e até mesmo ocasionando a quebra dos dentes e próteses.
Também é muito comum que o indivíduo sofra com dores faciais, de cabeça e no pescoço, devido à frequência na qual os músculos maxilares ficam tensionados, gerando dor na articulação temporomandibular e fadiga facial em geral.
Para evitar que as crises de bruxismo se agravem, é importante ficar de olho nos sintomas e procurar a ajuda de um profissional capacitado para iniciar o tratamento. Saiba mais sobre isso no tópico a seguir.
Quais os principais tratamentos para o bruxismo noturno?
Muitas vezes, uma pessoa só descobre que está sofrendo de bruxismo quando alguém que lhe acompanha durante o sono lhe conta o que presenciou enquanto ela dormia. Outras vezes, o diagnóstico vem quando procura assistência médica ou odontológica com os sintomas já instalados.
Essa condição nem sempre provoca sintomas. Além disso, muitas pessoas que sofrem de bruxismo deixam os sinais passarem despercebidos, sem dar muita importância a eles.
Em geral, recomenda-se ficar atento quanto aos seguintes sintomas:
- Desgastes dentários leves;
- Trincas no esmalte dentário;
- Sensibilidade nos músculos da mastigação;
- Fraturas de dentes e de implantes;
- Dores de cabeça e na face (que, muitas vezes, se confundem com dores de ouvido, sinusites ou até mesmo dores de dente);
- Zumbido no ouvido;
- Dores e estalos ao abrir e fechar a boca;
- Marcas na parte interna das bochechas e na língua.
Se você tem observado um ou mais sintomas como os mencionados acima, pode ser que você esteja vivenciando crises de bruxismo, mesmo sem perceber.
Sendo esse o caso, é importante buscar um profissional especialista em dor orofacial. O diagnóstico é feito a partir de uma anamnese apurada, avaliação clínica e alguns exames, como a eletromiografia ou a polissonografia, que ajuda a identificar o grau do distúrbio e orientar o melhor tratamento.
Ainda não se há um tratamento eficaz para curar o bruxismo, mas há algumas maneiras de tratá-lo para amenizar seus sintomas e evitar maiores consequências e prejuízos.
Quando, junto do profissional que a acompanha, a pessoa que tem bruxismo consegue identificar as causas do seu problema, pode ser mais fácil encontrar uma intervenção eficaz. Se o motivo for estresse ou ansiedade, por exemplo, pode ser interessante recorrer a medicamentos ansiolíticos (sob prescrição de um médico psiquiatra, é claro) para o controle do quadro.
Os recursos mais indicados para agir diretamente na manifestação do bruxismo são as placas interoclusais flexíveis de silicone, ou as placas rígidas de acrílico. Elas devem ser usadas durante a noite ou também de dia, de acordo com a necessidade e indicação do profissional de saúde responsável pelo tratamento.
Essas placas são moldadas segundo o formato da arcada dentária do indivíduo, e servem para restringir os movimentos dos músculos mastigatórios e reduzir o atrito que provoca o desgaste e abalo dos dentes.
Desse modo, apesar de não ter cura ainda, o bruxismo pode ser controlado e amenizado, o que também depende do seu grau de gravidade. Como as causas podem ser diversas, o tratamento para essa condição pode ser realizado em conjunto com médicos, dentistas e psicólogos.
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